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Imagem de uma partede que diz "kindness is a superpower" para o artigo sobre comunicação não violenta.

Comunicação não violenta: como ser mais assertivo ao nos comunicar com o próximo?

Muitas vezes queremos nos comunicar e compartilhar ideias com as pessoas de maneira respeitosa, entretanto, muitas vezes isso não ocorre e não entendemos o porquê.

É comum muitas pessoas relatarem que iniciaram uma simples conversa e no final acabaram caminhando para discordâncias e sentimentos desagradáveis, levando a discussões e desentendimentos.

Tais desavenças podem trazer menos oportunidades de aprender com o outro e nos privar de oportunidades de bons relacionamentos interpessoais.

Sabemos, entretanto, onde tudo começou: na forma de se comunicar. Visando mudar essa realidade, surge a comunicação não violenta, que visa trazer uma forma de se expressar mais assertiva e humanizada. 

Sendo assim, pesquisamos e resumimos a seguir o que é a comunicação não violenta, suas origens e exemplos na prática.

O que é a comunicação não violenta?

A comunicação não violenta, também conhecida como CNV, é uma abordagem de expressão verbal e não verbal com o objetivo de resolver conflitos através da empatia e da escuta ativa.

Por meio deste método mudamos a forma como nos expressamos e também damos espaço para o outro se comunicar. Além disso, antes de respondermos, refletimos sobre a mensagem que escutamos e pensamos em formas de nos expressar com clareza e respeito.

É importante ressaltar que a CNV não incentiva qualquer comportamento passivo diante de algo que consideramos injusto, pois é por meio dela que expressamos o que estamos sentindo, falamos sobre as nossas necessidades e solicitamos uma mudança de atitude por parte de outrem.

Qual é a sua origem?

O termo “comunicação não violenta” foi criado na década de 60 pelo psicólogo Marshall Rosenberg. A criação do conceito tem como base suas vivências, pois o estudioso sofreu bullying durante a infância e aos 9 anos de idade ficou trancado dentro de casa por 3 dias devido a um conflito racial em Detroit.

Com o seu conhecimento em comunicação e o comportamento humano, Marshall Rosenberg foi um dos orientadores educacionais em escolas que propuseram o fim da segregação racial e a integração entre brancos e negros.

Em 1984 é fundada a ONG Centro Para Comunicação Não Violenta, dedicada à promoção de uma forma de comunicar mais compassiva ao redor do mundo.

Os 4 componentes da comunicação não violenta

1 – Observação

Neste momento o ouvinte precisa observar o que está acontecendo e os detalhes de uma determinada situação, procurando entender as motivações da outra pessoa.

Devemos focar nos fatos e deixar o julgamento de lado.

2 – Sentimentos

Em um segundo momento, é preciso entender qual é o sentimento que uma situação desperta. É preciso ser claro e expressar o que se sente em relação a uma atitude de alguém, como mágoa, tristeza, felicidade, etc.

Devemos nos comunicar trocando frases que começam por “eu acho” para “eu me sinto”.

3 – Necessidades

Na terceira etapa precisamos expressar quais são as nossas necessidades. É neste momento que falamos sobre os desejos e necessidades que não estão sendo atendidos e que nos levam a ter determinadas emoções.

4 – Pedidos

Devemos solicitar ao outro ações claras e concretas para que nossa necessidade seja atendida. É preciso ficar atento à forma que você fará esse pedido, para não soar como uma demanda ou um comando, tornando sua comunicação violenta.

Exemplo de comunicação não violenta na prática

Exemplo 1 – Elaboração de um projeto em grupo

Antônio, percebi que você ainda não me entregou a sua parte do projeto (observação). Sabendo que o prazo de entrega é para a próxima semana, fico preocupado (sentimento), pois não gosto de entregar as tarefas na última hora e quero manter o meu comprometimento com a empresa (necessidade). Existe algo que eu possa fazer para te ajudar a entregar a tarefa a tempo? (pedido)

Exemplo 2 – Relação conflituosa entre profissionais

Paulo, semana passada você gritou comigo na frente dos outros no ambiente de trabalho (observação), o que fez me sentir diminuído e humilhado(sentimento), pois desejo ser respeitado pelos meus colegas e superiores (necessidades). Se eu fizer algo de errado futuramente, você poderia me chamar para ter uma conversa em particular? (pedido)

Conclusão

A comunicação não violenta nos permite conquistar relacionamentos mais saudáveis, seja no ambiente profissional ou pessoal.

Colhemos os benefícios desse método de comunicação por meio da observação das situações sem julgamentos, da exposição de nossos sentimentos, da transparência sobre nossas necessidades e daquilo que esperamos do outro.

Para quem deseja aprofundar-se nos estudos sobre comunicação não violenta, recomendamos a leitura do livro de Marshall Rosenberg.

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Por Henrique Vidal Romano, produtor de conteúdo e analista de mídias sociais.

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